Vejo só o que quero ver...

Como é comum nós formarmos opinião sobre qualquer assunto. É um processo natural. Bebo um refrigerante e formo minha opinião sobre seu sabor e o prazer que me proporciona. Tudo são questões de escolhas e de formação de opinião.

Minha curiosidade a respeito da opinião é sobre a possibilidade de mudar a opinião. Quantas pessoas que você conhece que após formarem opinião favorável a determinado assunto ou preferência, mudam seu ponto de vista? Certamente poucas, muito poucas. Nós somos assim, nos aconchegamos no conforto de uma escolha com uma facilidade esplêndida.

Pensando que toda pessoa não deve ser um eterno defensor de suas escolhas, mas também avaliando que ser um eterno mutante não é a resposta, chego então a uma palavra-chave, equilíbrio.

Ouvir e respeitar a opinião alheia, mesmo sendo contrária a nossa escolha, é pré-requisito básico para uma pessoa que deseja o equilíbrio nas suas preferências. Somos acostumados a ver somente o que desejamos, ouvir o que queremos e agir de acordo com nossas preferências. Não demora muito para surgirem conflitos com algumas pessoas que possuem outra opinião. De imediato, por vezes, nos afastamos destes sem, sequer, ouvir o outro ponto de vista. É aí que penso estar errado.

Não é porque eu torço para determinado time que o meu adversário não tenha virtudes, não é? Não é porque eu prefiro minha carne mal passada que o churrasco bem passado do vizinho não presta para nada. São exemplos simples, mas, se olharmos a volta, veremos que um grande número de conflitos acontecem somente porque julgamos ser a nossa a única opinião correta a respeito do assunto.

"Por isso cuidado meu amigo, olhe para os lados, abra os ouvidos" (TNT - Saiba escolher os seus amigos).