segunda-feira, 24 de setembro de 2012

No velho mundo

Há 09 anos eu descobria o velho mundo. Uma contradição, lógico. Em turnê pela encantadora Itália pude aprender muito, conhecer um pouco da cultura de um povo, me certificar das reais potencialidades de países de primeiro mundo e descobrir que não existe melhor lugar no mundo para se viver do que o nosso querido Brasil.

Todos os anos, neste período (setembro à novembro), me recordo da minha expedição, de minha aventura rumo a um mundo melhor. Na época deixei no Brasil meus familiares e minha namorada (hoje esposa). Na bagagem uma vontade de dar a mim e aos meus a chance de melhorar. Uma oportunidade de trabalho se desenhava e eu não estava afim de perder a chance. 21 de setembro foi o embarque, 21 anos eu acabara de completar. 

O cenário profissional não foi dos mais favoráveis e a soma de fatores negativos fizeram com que este rapaz jogasse a toalha e voltasse pra casa, 52 dias após minha chegada. Foi  minha primeira grande decepção. Foi o primeiro tombo, o primeiro grande erro. 

Mas, quem disse que foi um erro?

Se são nos erros que aprendemos, se a derrota é quem nos fortalece e nos faz vencer, então um erro não é um erro, pura e simplesmente, é no máximo um "meio-acerto", um esboço que não recebeu a arte-finalização. O erro é o professor.

Passada a turbulência e o medo, a incerteza de um retorno sem garantias profissionais, resolvi erguer o queixo e olhar a frente. Mangas arregaçadas e mão na massa. Converti erro em acerto e colhi frutos saborosos nos anos seguintes, pessoalmente e profissionalmente.

Hoje, nove anos depois, percebo que o "erro" não foi um "erro", mas um acerto. O acerto de quem se propôs a abrir mão do conforto em busca do melhor. O acerto de quem precisou deixar o ninho para perceber a importância da família. De conhecer a derrota para dar valor a vitória.

Ah, novas "Itálias" estão por vir. Novos desafiam me aguardam. E agora, fortalecido, vou encará-los com mais maturidade e uma boa pitada de força.

Gracie Itália!






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